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sábado, 17 de novembro de 2012

Beleza Invisível

 
Feito o arado que rasga a terra, a passagem do tempo deixa sulcos na alma e no rosto.
 "As viagens sucedem-se e acumulam-se como as gerações; Entre o neto que foste e o avô que serás, que pai terás sido?"
A única coisa que nós temos de fato é a vida. E com ela podemos fazer tudo, ou nada.
 Pais, filhos e netos.
 Buscar uma experiência de significação, trilhar a senda do auto-aperfeiçoamento.
 A vida é um instante, um sopro.
 Quantas gerações já vieram e se foram,
 quantas ainda virão e igualmente passarão…
 Há quem sustente que é o amor das mães que mantém o mundo em seu eixo.
 Memórias poéticas e afetivas.
 Os pequenos gestos e instantes que se vestem de beleza e ternura o tempo.
 O ato de observar é a única chave que abre a porta dos mistérios.
 A paisagem de fora, a vemos com os olhos de dentro.
 A paisagem é um estado de alma.
 Na realidade, o que vemos está em nós.
 Não vemos o que vemos, vemos o que somos…
 "Se podes olhar, vê.
 Se podes ver, repara."
 Cultivar a quietude do espírito
 como potência de transformação.
 Ter um olhar capaz de discernir a beleza invisível.
 A filosofia oriental nos ensina que
 a mais bela imagem não tem forma.
 Resgatar a beleza, a poesia e a espiritualidade
 capazes de suavizar a nostalgia do Absoluto.
Cativar a via do Silêncio
 dentro de nós.
 Esta existência terrena é uma
 oportunidade de despertarmos
 da letargia e do sono.
 Esta existência terrena
 é a infância da Eternidade.
 Uma oportunidade para nos
 aproximarmos da Pura Luz
 que habita nossa finitude.
Felizes os que aproveitam
 com sabedoria a preciosa
 aventura que é o existir.
 Feliz o olhar capaz
 de discernir a beleza
 do invisível...
(José Saramago.)
 


 

 
 

 


 

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